sábado, 14 de junho de 2008

Morre Jamelão



É com grande pesar que noticiamos aqui no Rádio Relíquia a morte de Jamelão, lendário Sambista da Mangueira, aos 95 anos.
O sambista Jamelão morreu por volta das 4h30 deste sábado, segundo informações da Casa de Saúde Pinheiro Machado, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde a madrugada de quinta-feira.
Seu corpo será velado na Mangueira na tarde deste sábado e enterrado no cemitério São João Batista amanhã. A escola de samba lamentou a morte de seu presidente de honra.
Leia depoimentos de personalidades do mundo do samba sobre a morte de Jamelão.
Jamelão morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele havia sido internado com um quadro de infecção pulmonar e urinária. Segundo a clínica, os problemas de saúde eram decorrentes da idade avançada do cantor --ele já havia sofrido acidentes vasculares cerebrais.

Jamelão começou tocando tamborim na Mangueira e depois se tornou intérprete

O artista sofria de hipertensão e diabetes e, desde 2006, quando sofreu dois derrames, passou a ter dificuldades para se alimentar. No fim do ano passado, ele foi internado no Rio com um quadro de desidratação e desnutrição.

Carreira

Nascido em 1913, no bairro de São Cristóvão, no Rio, José Bispo Clementino dos Santos ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Ele começou ainda jovem tocando tamborim na bateria da Estação Primeira de Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
Passou para o cavaquinho ainda jovem, e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Sua consagração veio como cantor de samba. Entre seus sucessos estão "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/ Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha Morta" (Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B. Moreira), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" (com Mestre Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e "Quem Samba Fica" (com Tião Motorista).
Nos anos 50 começou a atuar como intérprete de samba-enredo para a Estação Primeira de Mangueira. Em 1997 a gravadora Continental lançou a coletânea "Jamelão - A Voz do Samba", em 3 CDs.
Em junho de 2005, Jamelão causou alvoroço durante a São Paulo Fashion Week. De terno branco, chapéu e bengala, entrou na passarela depois que as modelos saíram de cena. Com passos curtos e andando bem devagar, o cantor fez todos na sala de desfiles se levantarem para o aplaudirem de pé.

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