terça-feira, 24 de junho de 2008

O mundo é uma bola


Um dia navegando pela blogsfera encontrei no blog Quem Matou a Tangerina www.quemmatouatangerina.com/ um texto que falava sobre ser favorito e tal, para dar uma ilustrada no texto o autor contou sua historia na época em que brilhava nas ruas jogando Taco. Ai então lembrei-me da época em que desfilei meus dotes futebolísticos pelos gramados dos campos de Trave livre. Claro que também joguei Taco mais o futebol sempre foi meu favorito.
Para quem não sabe a Trave livre é um jogo de futebol disputado sem goleiros, dois times de 4 jogadores no máximo. O campo deve ser ligeiramente plano sendo as laterais e as linhas de fundo: valas, subidas de lombas, estradas, o fim da grama roçada, muros, paredes de casas ou as cercas de arame farpado do potreiro. As traves são em sua maioria sarrafos enfiados na terra numa distancia de um passo um do outro sem travessão, mas também pode se utilizar tijolos, chinelos ou ferro de construção entortados na forma de uma trave. Todos os jogadores deviam estar devidamente uniformizados com camiseta de qualquer cor, calção e pés descalços no máximo uma meia no pé em que chutava para não arder no dias mais frios. O tempo de jogo é o tempo que um dos times levava para fazer dez gols no outro o famoso 5 vira 10 ganha, as escalações nunca se repetiam no máximo umas três vezes.
Foi na Trave livre lá pelos meus 7 anos que aprendi a jogar futebol dar passes, marcar, driblar, fazer faltas, chutar, fazer gols e o mais importante aprendi a ganhar e a perder. No inicio nunca gostei de jogar bola preferia ver desenho animado, ler gibi e brincar de lego jogava mesmo por insistência dos primos minha posição era o ataque marcava gols magníficos e perdia gols ainda mais incríveis. Lá pelos meus 11 anos resolvi que deveria me dedicar mais ao futebol e assim foi comecei a atuar mais freqüentemente nas partidas de Trave livre de segunda a domingo onde é que fosse fazendo chuva ou sol lá estava eu desfilando pelos mais variados gramados pátios de casas, potreiros, onde houvesse um gramado as traves eram fixadas e a bola rolava. Como já disse comecei como atacante com o passar dos anos vi que os deuses do futebol não me agraciaram com a habilidade ideal de um atacante e eu fui recuando no campo paro o meio, depois lateral e finalmente para defesa onde me consagrei como o xerife da Trave livre se houvesse uma eleição tipo o bola de ouro de Placar eu com certeza seria o zagueiro premiado pelo menos na minha comunidade. Minha carreira na Trave livre terminou próximo dos 18 anos quando alguns se mudaram, outros começaram a namorar, ou casaram e principalmente todos começamos a trabalhar mais e também entrar para a faculdade.
É claro que ainda hoje jogo meu futebolzinho, mas é aquilo tudo certinho campinho arrumado iluminado, chuteiras, meiões, camisas iguais e com tempo limite. Nunca mais verei uma partida terminar as 8:00 horas da noite sendo clareada pela luz do luar e com um gol magistral numa arrancada sensacional ou terminar antes do décimo gol interrompida pelos gritos da mãe do dono da bola “vem embora fazer as tarefas ou eu te busco pelas orelhas”, nunca mais lavarei meus pés com limão para desencarunchar depois de uma tarde inteira correndo na grama de pés descalços.
A trave livre foi mais que um passa tempo foi à atividade que nos moldou como homens, que nos deu fibra para enfrentar os desafios da vida e principalmente nos ensinou o valor das derrotas, das vitórias e das amizades. Esse infelizmente é um tempo que não volta mais, mudar o mundo em que vivemos até é possível, mas trazer de volta a melhor época de nossas vidas será eternamente impossível.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Meu pai comprou um carro ele se chama Simca Chaboard

Eles vieram com Jeeps e tanques e acabaram com nossos planos. E fizeram pior acabaram com Simca Chamboard.

Que mensagem eim.

Desculpe- nos pela pessima qualidade do som e da imagem mas é que nao resisto a uma imagem preto e branco.

sábado, 14 de junho de 2008

Morre Jamelão



É com grande pesar que noticiamos aqui no Rádio Relíquia a morte de Jamelão, lendário Sambista da Mangueira, aos 95 anos.
O sambista Jamelão morreu por volta das 4h30 deste sábado, segundo informações da Casa de Saúde Pinheiro Machado, no Rio de Janeiro, onde estava internado desde a madrugada de quinta-feira.
Seu corpo será velado na Mangueira na tarde deste sábado e enterrado no cemitério São João Batista amanhã. A escola de samba lamentou a morte de seu presidente de honra.
Leia depoimentos de personalidades do mundo do samba sobre a morte de Jamelão.
Jamelão morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele havia sido internado com um quadro de infecção pulmonar e urinária. Segundo a clínica, os problemas de saúde eram decorrentes da idade avançada do cantor --ele já havia sofrido acidentes vasculares cerebrais.

Jamelão começou tocando tamborim na Mangueira e depois se tornou intérprete

O artista sofria de hipertensão e diabetes e, desde 2006, quando sofreu dois derrames, passou a ter dificuldades para se alimentar. No fim do ano passado, ele foi internado no Rio com um quadro de desidratação e desnutrição.

Carreira

Nascido em 1913, no bairro de São Cristóvão, no Rio, José Bispo Clementino dos Santos ganhou o apelido de Jamelão na época em que se apresentava em gafieiras da capital fluminense. Ele começou ainda jovem tocando tamborim na bateria da Estação Primeira de Mangueira e depois se tornou um dos principais intérpretes da escola.
Passou para o cavaquinho ainda jovem, e depois conseguiu trabalhos no rádio e em boates. Sua consagração veio como cantor de samba. Entre seus sucessos estão "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/ Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha Morta" (Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B. Moreira), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" (com Mestre Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e "Quem Samba Fica" (com Tião Motorista).
Nos anos 50 começou a atuar como intérprete de samba-enredo para a Estação Primeira de Mangueira. Em 1997 a gravadora Continental lançou a coletânea "Jamelão - A Voz do Samba", em 3 CDs.
Em junho de 2005, Jamelão causou alvoroço durante a São Paulo Fashion Week. De terno branco, chapéu e bengala, entrou na passarela depois que as modelos saíram de cena. Com passos curtos e andando bem devagar, o cantor fez todos na sala de desfiles se levantarem para o aplaudirem de pé.

Fonte:

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Chico Buarque- Jorge Maravilha

Mais uma do mestre Chico, essa na época em que Chico usava seu bigode que muitos teóricos dizem que era a tarja preta da censura, mas pra mim é que ele tava cansado de ser tratado como o bom moço da alta classe carioca com aquels olhos verdes. O bigode em face é um repudio a esse estereotipo que na época da ditadura não colava nada bem entre os intelectuais.

Essa musica muitos dizem que era para a filha do Médici ou para o próprio Médici sei lá.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Claaaaaaassico

É claro que cada década teve seu ápice cultural, mas as décadas de 60 e 70 foram os ápices do século 20 e também são minhas décadas preferidas tudo nesse período foi bom e repleto de loucura. Puro saudosismo diriam os críticos, mas é e pronto. Esse vídeo pra quem não conhece é da musica Ando meio desligado dos mutantes e não do Pato Fu como muitos pensam. Esse é um vídeo é daqueles que me faz ter querido ser jovem nos 1970.

ps:deveria ter feito o mesmo comentário no post do vídeo do Chico Buarque.

Dia dos Namorados!!!


Antecipamos a programação do Rádio Relíquia de Amanhã!!!
Um programa especial para os namorados...
Músicas românticas, ou nem tanto, com a temática que estará enchendo os corações dos apaixonados...
É nessa Quinta-Feira 12/06 no Rádio Relíquia ESPECIAL....

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Saci para mascote da Copa de 2014

Esta no blog do Ricardo Kotscho:

O veterano jornalista e escritor Mouzar Benedito, que acaba de publicar seu mais novo livro (1968, por aí ... Memórias Burlescas da Ditadura), figurinha carimbada dos bares da Vila Madalena, acaba de lançar uma bela idéia: que tal lançarmos já uma campanha para que o mascote da Copa de 2014 no Brasil seja o Saci.
“Antes que os marketeiros e lobistas inventem um mascote besta que nem o tal do Cauê, aquele sol esquisito dos Jogos Panamericanos no Rio, precisamos lançar o nosso Saci", justifica o sempre entusiasmado amigo de botecos e redações.E por que o Saci? Mouzar Benedito pergunta e ele mesmo responde com um monte de argumentos:
• Primeiro, não seria preciso pagar direitos autorais a ninguém. No máximo, o que poderia ser feito é um concurso entre cartunistas para escolher o melhor desenho.
• O Saci é a síntese da formação do povo brasileiro. É o mito mais popular, o único conhecido no Brasil inteiro. É o típico brasileiro: mesmo pelado e deficiente físico, é brincalhão e gozador.
• Como todos os mitos de origem indígena, é defensor do meio ambiente. No início, era um indiozinho protetor da floresta. Tinha duas pernas. Depois foi adotado pelos negros e virou negro. A perda de uma perna tem várias histórias. Uma delas é que ele foi escravizado, ficou preso pela perna, com grilhões e cortou a perna presa. Preferiu ser um perneta livre que escravo com duas pernas. É um libertário, então.
• Dos brancos, ganhou o gorrinho vermelho, presente em vários mitos europeus. O gorrinho vermelho era também usado pelos republicanos, durante a Revolução Francesa. Na Roma antiga, os escravos que se libertavam ganhavam um gorrinho vermelho chamado píleo.
• Já pensou o Saci em camisetas do mundo inteiro? Ele provocaria muito interesse de outros povos para a cultura popular brasileira. Coisa que esses símbolos bestas, como o dos Jogos Panamericanos, não fazem.
Está lançada a campanha, caro Mouzar. Boa sorte para nós e para o Saci!


O Rádio Reliquia e seus 5 milhões de leitores também estão nessa campanha.

Roda Viva - Chico Buarque

Um pouco de Chico Buarque para animar nossa segunda feira.

Novo Integrante

Apresento-lhes o mais novo integrante da família Rádio Relíquia,
"Osama, o editor do Estopim"
Seja bem vindo, que sua estadia dure para sempre, que traga algo novo para esse blog e para o Rádio Reliquia....